As
vozes que escuto
Neste
mundo distante chamado Eu
Tudo
é tão diferente aqui
Inquieto,
colorido, perturbador.
Desconheço
o perigo
O
senso e a culpa
O
medo existe somente
Quando
as vozes aumentam.
Meus
gestos e atos são exagerados
Tenho
ânsia de existir
Ninguém
me vê, sou invisível
Restringido
padeço
Até
pareço curado, mas é mentira
Barulhos
intensos me chateiam
Daí
preciso, necessito fugir
Viro
andarilho sem destino
Mendigo
dos Normais
Não
tenho sede e o sol sequer queima
Pés
alados; corro rápido.
Mergulho
na insanidade dos sonhos
Sem
minhas jujubas amargas diárias.
Meu
mundo de queijo é tão real
Gostaria
de mostrá-lo
Mas,
sempre me batem
Quando
tento expô-lo
Uma
pena, pois as flores daqui
Nunca
morrem, nem se calam.
Um
ponto contra deste lugar:
É
sempre muito solitário
Somente
eu moro em Insânia
Sou
belo, único e distorcido
Uma
borboleta presa
No
seu casulo psicotrópico.
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