sábado, 25 de abril de 2015

POESIA - CREPÚSCULO - THIAGO LUCARINI


Este fogo líquido no horizonte
Que as trevas tentam abarcar
A vela que Deus deixou cair
Lambendo a cortina do céu
Termina sua jornada em ode.
Crepúsculo efêmero
Poucos minutos tem para si
Seria essa curta estadia
Feito vida humana
No fim do singular dia
Que te faz tão pleno
Tão belo, tão pouco
Tão único?
Enfeita-se nestas sedas
Vermelhas e laranjas
Para preparar o caminho
Da noite eterna,
O sol dormiu, enfim.
Um beijo
Um sopro
Fim do crepúsculo,
Noite reina
Enquanto, o sol pousa
Sua cabeça coroada

Em travesseiro de nuvens.

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