Rapaz
mais belo não existiu
Narciso
era torpor em beleza
Fascinava
homens e mulheres.
Mas,
orgulhoso, a todos ignorava
A
si próprio bastava, belo e frio.
Até
mesmo a repetitiva ninfa Eco
Por
ele se apaixonou, mas ficou
Frustrada,
pois de Narciso
Nada
conseguiu.
Injuriadas,
as rejeitadas de Narciso
Clamaram
por vingança e pago
Nêmesis
gloriosa atendeu ao pedido:
O
jovem fora condenado, fardo
A
apaixonar-se por seu reflexo.
Quando
viu sua imagem num lago
Cristalino
e tirano sentou-se as margens
Contemplando
sua formosura, amarga.
E ali, Narciso ficou sempre
As
margens do seu eu autossuficiente
Até
achar em sua beleza o próprio fim.
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