Profundo
reino de cristal
Entranhado
nas tripas da terra
De
faces cansadas
E
almas polidas
Do
pó da vida
Cárcere
do destino irreparável
Lar,
estação dos mortos
Heróis
nos Campos Elísios
Bem-aventurança
dos justos.
Bem-vindos
a última parada.
Flores
murcham desabrocham
A
beleza do fim.
Uma
pessoa atravessa a rua
As
Parcas cortam o fio da vida
(Coitado)
nem viu o que lhe passou por cima.
Recém-chegado
ao purgatório
Caronte,
em sua barca, faz a travessia
Das
almas benditas ou não, nas águas
Do
Estígio, a embeber a lama mortuária
Basta
uma moeda e navegação garantida.
Portas
do Inferno (tormento)
Cérbero,
o guarda, três cabeças afiadas
Vigiam
as possíveis almas fugitivas
A
penitência deve ser aplicada.
Ali,
além de homens, monstros e Titãs
Sucumbem
no Tártaro, ardido, feroz
Caixão
inquebrável dos velhos deuses
Após
todo o traslado de vivo em morto
(Mortal
ou imortal)
O
senhor dos descarnados:
Hades
faz a recepção
Dos
novos moradores
E
lhe dão de presente
Sua
eterna condenação.
Hades,
mundo inferior, de enigmas
Fundos
e tempo de reflexão
O
Hades como qualquer lugar
Tem
seus louros, ouros e mistérios
Indizíveis
e incalculáveis
Para
descobri-los basta morrer.
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