sábado, 31 de janeiro de 2015

POESIA - GROTESCO - THIAGO LUCARINI


Sangue e fel
Chifre queimado
Leite de porco
Incesto entre cachorros
Pus de bruxa
Verdade cariada
Ejaculação precoce
Escaras da insanidade
Violência virulenta humana
Vermes de um cadáver
Rastejam enchendo
A taça do grotesco
Um brinde!

POESIA - CIGANA - THIAGO LUCARINI

Sem rumo ou direção
Ordenada pelos ventos
Fazendo leitura de mãos
Tragando um cachimbo místico
Sem raízes ou destino
Folha dispersa ao léu
Caminhante solitária
Carregando o fardo fado do carma
Vida cigana.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

POESIA - CONSTELAÇÃO DE SONHOS - THIAGO LUCARINI





Vivemos sob uma constelação
De expectativas e sonhos
Num mundo de contradições
Onde nada é imutável
Ou eterno,
Pelo contrário
Tudo é finito.
Finitude está
Que é filha do tempo, e
Que assola e corrompe
Tudo o que é humano.
Talvez o amor
Seja o único capaz de transcender
Qualquer limite de finitude. 
Por isso, vamos adiante
Pois o fim nos espera
E não tarda
Vem sem escalas ou paradas
Mesmo para um café.
Leve consigo todo o amor
Que conseguir juntar, e
Permaneça sempre
Sob o brilho da sua constelação de sonhos.
Somente ela te guiará e iluminará
Na hora mais escura
E lhe dará o conforto devido
No descanso final.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

POETRY - ANTONIO - THIAGO LUCARINI





Antonio was a silly boy
To have your heart broken
Isabel was her name
Criminal and beautiful.
Now grown, feline
A hot body hunter, and
Cold feelings
Antonio loves crush hearts
A bad wolf empty pleasure
Seduce your favorite art
Women, Men
He does not distinguish
Since you can do suffer
A good guy
Perfect smile
But an iceberg
Glacial thorns
Ready to hurt
Who dares to touch it.

POESIA - ANTÔNIO - THIAGO LUCARINI





Antônio foi um garoto bobo
Até ter seu coração quebrado
Isabel era o nome dela
Bandida e bela.
Agora crescido, felino
Um caçador de corpo quente, e
Sentimentos frios
Antônio adora esmagar corações
Um lobo mau do prazer vazio
Seduzir é sua arte favorita
Mulheres, homens
Ele não faz distinção
Desde que possa fazer sofrer
De fáceis gracejos
Sorriso perfeito
Mas um iceberg
De espinhos glaciais
Pronto para machucar
Quem se atrever a tocá-lo.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

POESIA - FAROL - JOÃO BERNARDO HOFFMAN





No escuro
Sobre a montanha
A beira mar da humanidade
Brilhou a luz guia
Um farol para os perdidos
No mar de angústia
Salvando barcos a deriva
Do naufrágio-inferno
Na terra dos desolados
Farol-fé orienta a direção
De homens e embarcações
Na noite do pecado
Levando-os ao porto
Sãos e salvos.

POESIA - ESQUECIDO E ABANDONADO - THIAGO LUCARINI





O sol solitário
Perdido entre nuvens de tempestade
Bebeu da insanidade
Esquecido e abandonado
Vestiu-se de eclipse
Desejou morrer por uma noite
Todavia amaldiçoado
Mesmo apesar de toda tristeza
Como uma fênix
Ele renasce todas as manhãs
Das cinzas da escuridão.