quinta-feira, 2 de abril de 2015

POESIA - INSÂNIA - THIAGO LUCARINI





As vozes que escuto
Neste mundo distante chamado Eu
Tudo é tão diferente aqui
Inquieto, colorido, perturbador.
Desconheço o perigo
O senso e a culpa
O medo existe somente
Quando as vozes aumentam.
Meus gestos e atos são exagerados
Tenho ânsia de existir
Ninguém me vê, sou invisível
Restringido padeço
Até pareço curado, mas é mentira
Barulhos intensos me chateiam
Daí preciso, necessito fugir
Viro andarilho sem destino
Mendigo dos Normais
Não tenho sede e o sol sequer queima
Pés alados; corro rápido.
Mergulho na insanidade dos sonhos
Sem minhas jujubas amargas diárias.
Meu mundo de queijo é tão real
Gostaria de mostrá-lo
Mas, sempre me batem
Quando tento expô-lo
Uma pena, pois as flores daqui
Nunca morrem, nem se calam.
Um ponto contra deste lugar:
É sempre muito solitário
Somente eu moro em Insânia
Sou belo, único e distorcido
Uma borboleta presa
No seu casulo psicotrópico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário