Pulsos
atados
Corda
apertada
Dilacera
a carne fraca.
Sou dolentemente arrastado
Por
cavalos de ignorância.
— morro —
Âncora
jogada ao mar
Junto
a ela afundo-me
No
abismo intolerante dos afogados
Os
vivos não têm pertencimento aqui
Neste
buraco faminto e líquido.
— morro —
Sou
enforcado pelos pulsos
A
morte não é minha
Vem
apenas para estas mãos de poeta
Ao
eu cabe apenas sofrer
Mudo
e sem as mãos, que tanto
Sangraram
a essência divina.
Mortas,
enfim, encontram
A
paz do silêncio retumbante.
— morro —