quarta-feira, 29 de abril de 2015

POEISA - AURIGA E O CARRO (ALMA) ALADO - THIAGO LUCARINI



Um cocheiro sábio
Conduz um carro alado
Guiado por dois cavalos distintos
Um: nobre, sensato, sempre prudente
Precavido até demais.
O outro: impetuoso, inconsequente
Imprudente demasiado.
O auriga tinha inúmeros problemas
Na harmonia da condução
Dessa biga voadora
Pois, os cavalos ambíguos
Nunca entravam em consenso.
O cocheiro precisava ser a razão
Para que tudo saísse bem, desse certo.

Auriga e seus cavalos vagam pelo Céu Celeste
Tão humanos, tão reais, tão vivos, tão atuais.
O intelecto (auriga) regendo a alma
E seus dois animais condutores ao equilíbrio
O impulso racional e moral (cavalo nobre)
E o ímpeto passional instintivo
Descuidado (cavalo impetuoso).
Auriga eterno e bom:
— Conduza-nos a iluminação.
Em suas mãos, rédeas, régias,
Dê auxílio a estes:
Corações, almas, cavalos.
Ao nosso amanhecer.

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