Um
dia comum; manhã
Apolo
retira sua carruagem de sol
Da
garagem de nuvens
E
cruza a abóbada do firmamento
Pela
orientação dos ponteiros.
Apolo
olhando os verdes prados
Vê
Jacinto, belo rapaz
De
encantos suaves e candura.
Apolo
enamora-se por sua beleza
Com
sabor de juventude e verão.
Jacinto,
deleite do deus solar
Apolo
sem medo se envolveu
Em
lira e poesia, ao seu amado
Jacinto
não dava um passo
Sem
estar acompanhado pela divindade.
Todavia,
o ciumento Vento Oeste, Zéfiro
Queria
o distinto Jacinto para si
Contudo,
ele amava Apolo, somente
Furioso,
enquanto os enamorados
Improváveis
e acima de qualquer julgamento
Jogavam
discos de pedra, Zéfiro
Com
um sopro de vento cruel
Desviou
o disco arremessado por Apolo
Acertando-o
mortalmente
Na
cabeça, do indefeso Jacinto.
Pobre
rapaz morreu nos braços
Do
seu deus amado (incondicional).
Apolo,
perturbado e sozinho
Perdeu
seu companheiro e amigo perfeito
Tombou
suas lágrimas salgadas de dor
Sobre
o cadáver quente do seu amor
Transformando
o bom Jacinto em eterna flor.
Aquele
fora o dia, em que o sol (Apolo)
Dormiu
ansiando nunca mais ter que acordar.
Mas,
a manhã chegou, e hoje, lá de cima
Apolo
vê lá embaixo, nas primaveras
A
dolorida, colorida lembrança
Do
seu maior bem-querer em flor (Jacinto).
Ai,
ai.
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