quinta-feira, 2 de abril de 2015

POESIA - NONSENSE - THIAGO LUCARINI





Borboleta que caiu da própria teia
Aranha que perdeu suas asas e cores
Vaga-lume que deixou suas pintas
Onça que apagou sua luminescência
Cachorro que aprendeu a cavar túneis
Elefante rastejante destilador de veneno
Cobra presas de marfim polar peluda
Baleia de duas pernas voadora
Pássaro anfíbio das profundezas
Homem animal bondoso.
Talvez, a vida só precise
Fazer um pouco menos de sentido.

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