segunda-feira, 16 de março de 2015

POESIA - ALCUNHA - THIAGO LUCARINI





Vestiram-lhe uma armadura
Dourada, orvalhada, reluzente
Repleta de floreios e bênçãos
Até parecia mesmo um nobre
Mas na verdade ele não sentia
Não via nada de mais
Naquele título, honraria, cognome
Viam-no como um representante
Tradutor de algo especial
Mas era um simples homem
Sonhador, e por vezes, bobo
A carregar a alcunha:
POETA
Forjada entre os dedos calejados.

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