Fui
um tolo irremediável
Deixei
escorrer involuntariamente
Por
entre meus dedos falhos
O
que eu possuía de mais precioso
Hoje
pago o fado dos desesperados
Percorro
caminhos na escuridão
Quase
intransitáveis
Arrastando-me
entre abismos
Meus
pensamentos são frios
Como
a frieza do mármore
Vago
cego pelo declínio da vida
Aonde
encontro apenas sangue e feridas
Minhas
palavras de ordem
Devastação,
ruína, destruição.
Quem
sou eu?
Caos
ou cacos?
Não
sei!
Por
favor, diga-me você.
Talvez
tenhas uma perspectiva melhor
Da
essência falha que sou
Caio,
padeço, sofro, erro
Preciso
de um anjo bom
Para
dividir a densa cruz
Ou
talvez dar-me asas
Para
que eu possa
Sair
deste buraco abaixo da vida
Do
inferno no qual me atirei
Piedade,
Senhor, Piedade.
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