Milhares de marimbondos em minha cabeça. Brigando e
morrendo dentro do meu crânio, seus corpos se amontoando por trás dos meus
olhos. Picando e picando.
Andrew Pyper
Milhares de
marimbondos em minha cabeça.
Yumê
era uma garota esquisita,
Pensava
demais e o tempo todo.
O
cúmulo da estranheza fora quando
Saiu
uma vespa do seu nariz
E
pairou defronte seus olhos claros.
A
partir daquele dia, Yumê
Notou
que os seus pensamentos aumentaram
Brigando e
morrendo dentro do meu crânio,
Eram
um turbilhão desconexo, e mais vespas
Saiam
pelo seu nariz num zum-zum frequente.
Ninguém
se atrevia a chegar perto dela
Pois
a metros de distância da garota
Dava-se
para escutar o zumbido alto das vespas
Dentro
da cabeça da menina esquisita.
O
cérebro de Yumê tornou-se um vespeiro
seus corpos se
amontoando por trás dos meus olhos.
Quando
em dúvida ou preocupada
As
vespas ferroavam o lado interno
Picando e
picando.
Do
seu crânio gerando dores constantes,
O
trânsito dos insetos pelo seu nariz aumentava
E
Yumê quase enlouquecia com tal situação.
Porém
assim, que ela resolvia seus problemas
Seu
vespeiro craniano se acalmava
Chegando
a um limite suportável.
Ninguém
nunca soube explicar o porquê
De
os pensamentos de Yumê
Transformaram-se
em vespas
Sabe-se
apenas que ela conviveu
Com
seus pensamentos-vespas até
O
seu último dia sobre a face da Terra,
Assim
que morreu Yumê
As
vespas saíram todas pelo seu nariz
Indo
elas habitar o mundo.
Qualquer
vespa a vagar por aí
É
um pedaço do pensamento eterno
Da
enigmática e pensante Yumê.
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