FOTO: Thiago Lucarini
Perdoa-me se adormeço em lamúrias
e não percebo quando montanhas e vales bocejam mais um dia!
Josanne Gonzaga de Castro
e não percebo quando montanhas e vales bocejam mais um dia!
Josanne Gonzaga de Castro
Dormi
sobre minhas lágrimas
Uma esfera metálica no peito
Outrora batizada coração.
Óleo e letargia correm em minhas veias.
Sou máquina, carne passada do ponto,
Endurecida pela vida mole.
Durmo e esqueço-me de existir.
Existir não tem efeito direto
Sofrer é teu preço funesto.
Quero a dormência de Gaia
Serei parte da Terra eterna
Mais um grão de areia
Feito de nada; servindo a solidão
De uma ampulheta estéril
Onde o tempo não corre de fato
Finge que atua, mas dorme
Com o peso de uma montanha,
Que não verá outro dia colorido.
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