Abrem-se
as portas do azedume
O
véu de treva despenca do céu
Numa
enxurrada de impropérios
Manchando
a inocência de outrora
Abatendo
o passivo rebanho amordaçado.
Morte
e vida têm seus dogmas:
A
morte não sente remorso
E
a vida não é gentil com preguiçosos.
A
vida amarga com cristais de vômito
E
bile para emulsificar
Os
pecados gordurosos
Causadores
de esteatose na alma.
Morte
e vida têm seus dogmas:
A
morte não sente remorso
E
a vida não é gentil com preguiçosos.
O
mundo negro desabrocha
Nas
esquinas da luz
Sua
flor, um cadáver partido
Suas
pétalas-entranhas exalam
O
odor enigmático do fim.
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