sábado, 26 de dezembro de 2015

POESIA - MUROS REFLETORES - THIAGO LUCARINI

IMAGEM: Camilla d'Errico

De pé diante
Mentiras cansadas
Vejo fantasmas
De um passado
Desastroso.
O engano
É um espelho
Disforme, inerme,
Hirto. Uma distopia
Sem tempo
Sem pressa
De corroer
Seus vermes
Sua carne
Seus medos
Entranhados
Em velhos sonhos.
No final, tudo
Acaba. A alma
Precisa de esperança
Lustrosas alianças
E vê mesmo
No reflexo turvo
A possibilidade
Polida e latente
De um novo
Amanhã, sem
Muros refletores

De falsos atos e ditos.

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