segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

POESIA - BALA - THIAGO LUCARINI

À bala disparada
Atravessa a carne
Atravessa a planta
Atravessa o animal
Atravessa o fio
Atravessa a parede
Atravessa o filho
Atravessa o nada
Atravessa o inocente
Atravessa o culpado
Atravessa a rua
Atravessa o doce
Atravessa o amargo
Atravessa a bala
Atravessa a lâmina
Atravessa o canto
Atravessa o luto
Atravessa o santo.
Matando o seu objeto

De irremediável alojamento.

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