segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

POESIA - PRATA CANTANTE - THIAGO LUCARINI

Os objetos de prata
Garfos, facas, colheres, baixelas,
Pratos, jarros, espadas e vasos
Ressoam sua música límpida.
Um retinir profundo e belo
Símile ao canto dos anjos.
Todo metal vibra e tem sua melodia
Polida, própria e reluzente, porém a prata
Não pode nem deve ser comparada
A nenhum outro componente metálico:
Ouro, cobre, chumbo, alumínio, ferro...
Nenhum deles tem o canto
Tão puro tão perene e tão grato
Quanto à mediana prata cantante
Que ressoa seu tilintar além de cristais
Na mesma frequência de existência

Da imortal alma humana.

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