segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

POESIA - CABARÉ BALÉ - THIAGO LUCARINI

As luzes se acenderam
Na vitrola velhos vinis
De Jazz, R&B e Soul.
No bar tequila, uísque
Conhaque, cerveja
Além do sangue de Baco.
As bailarinas entram no palco
Vestidas como sábias cortesãs.
Mas não se vendiam, não, não
Fazia parte do show do lounge
A elegância, o brilho, a sedução
Colar de pérolas, plumas e paetês
Pedrarias, perfumes e joias diversas.
Bataclan lotado, presentes beberrões,
Homens de negócio, mulheres variadas
Corações quebrados e palhaços
Era uma casa de acolhida
Sem distinção qualquer desde que se pagasse.
Todos riam e conversam, enquanto
O balé dançava ao som de operetas
Divertidas, cômicas e insinuantes
E outros gêneros musicais acima citados.
O clima burlesco fascinava seus visitantes
A fama do Cabaré Balé cresceu
Todos queriam ir àquele lugar
De luz vermelha aonde bailarinos
Enfeitiçavam com paixão e movimento
Os que atrevessem a cruzar
O limiar da porta do espetáculo.


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