A
inocência camufla o mundo
Encobrindo
suas arestas
Suas
pontas e lâminas
Com
cores e pelúcia.
A
inocência é o bálsamo
Das
coisas duras e ásperas
É
uma ilusão necessária
Na
aurora primaveril.
A
maturidade dissolve tudo isso
Algumas
cores desbotam
E
é mais fácil identificar a crueza
De
atos e sentidos duvidosos.
As
arestas, pontas e lâminas
Estão
sem segredos
Prontas
para ferir
Ao
menor descuido.
E
a pelúcia é só um lembrete
De
algo que ficou
Há
muito tempo
Para
trás.
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