segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

POESIA - A MESA DO CORONEL - THIAGO LUCARINI

A Escola Municipal Coronel José Viana Alves

O último café fora servido
Ás 06:30 desta manhã de dezembro.
Minhas palavras ficaram sobre a mesa
Minhas lágrimas foram ao vento.
Vieram os sorrisos, abraços e desejos de bom dia
Uma alegria que não apagarei nesta vida.
Aprendi tanto nesta mesa do Coronel
Feita de compensado de história e tempo
Um berço que deve ser
Do Saber, e também amparo.
Claro, há os alunos
Aqueles, pelos quais, a mesa opera e age.
Levo no coração a sensação
De dever cumprido.
Sentirei falta, pois tragicamente
Nasci frouxo, pouco duro
Tenho um coração sem arestas de ferro
Sou mole, mole, afinal,
Este é o mal do poeta
Meus queridos alunos,
Meninas, professoras e professores.
Sintam minhas palavras embrulhadas
De colorida alegria e agradecimento.
Jamais se esqueçam disto:
“Eu não me esquecerei de vocês.”
A foto de despedida, um instante congelado
Além do tempo desbotará, amarelará,
Mas no peito viverá como
Grata lembrança de cores vivas
De um tempo muito feliz.
Vivemos num constante vai-e-vem de bons e maus
É a lei da vida, não é mesmo?
“Bom dia, Goiânia.”
E o café acabou, bateu o sino,
São 07:00 horas, que rápido não?
Por ora, deixo registrado em poesia
“Meu adeus de ‘por enquanto’ e ‘até breve’.”

Agora é hora do recreio, por isso, vou-me indo. 

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