FOTO: Thiago Lucarini
O
que será das cores que se acabam
Se
não um mar desbotado?
O
que será das cores que morrem
Se
não preto e branco sem poesia?
O
que será do mundo sem cor?
Caminhos
e seres em anulação:
Abelha
sem mel e ferrão
Flores
sem perfume e graça
Bailarina
sem leveza e movimento
Estrela
sem brilho e fulgor
Poeta
sem inspiração e papel
Górgona
sem víboras e pedra
Narciso
sem encanto e reflexo.
Não
hei de enterrar minhas cores
No
chão, no vão, num caixão
Prismático
ou caleidoscópio.
Quero
as cores para o mundo.
De
preto e branco basta minha alma.
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