quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

POESIA - EIS QUE VEJO A BESTA - THIAGO LUCARINI

Eis que vejo os portões se abrirem
E o mal a tudo absorver
Deitando sobre o mundo
Como uma maldita mortalha.
Trazendo em suas asas
As hordas nefastas das profundezas.
Eis que vejo homens abusados por este mal
Outros que bebem de seu cálice em vício.
Onde está o sol?
A quem ilumina, quando aqui é treva?
Eis que vejo os portões
De o mundo caírem
E sobre seus destroços
Uma besta de bocarra aberta
Devorando os pecadores,
Que depois de tragados
Viverão no seu estômago
Inlumínico, sulfúrico,
De fogo e enxofre.

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