segunda-feira, 23 de novembro de 2015

POESIA - VASO SANITÁRIO - THIAGO LUCARINI

Vaso sanitário
Hoje branco e puro
Saiu da forma
Greco-romana
De banco conjunto.
Evolução prima
Da privada e penico.
Vaso sanitário
Você é apoético
Sem lírica alguma,
Porém é higiênico
A tu resta
Um fardo ingrato
Não tens o perfume
De um vaso de flores
Ou requinte e apreço
De um vaso de decoração
Muito menos a nobreza
De um vaso fúnebre.
Mas tu vaso sanitário
É aquele que recebe
A verdadeira natureza
A obra-prima rejeitada
Daquilo de mais humano
Que os homens podem

Oferecer sobre a Terra.

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