FOTO: Thiago Lucarini
Não é de hoje que vale a máxima: “O
serviço público não presta.” Seja em qualquer uma das três esferas federativas:
municipal, estadual e federal, e que toda a responsabilidade disso se deve a
baixa remuneração, a qual, estão sujeitos os funcionários públicos. Obviamente,
que isso procede até certo ponto, mas o funcionalismo em uma parcela
significativa acaba por ser corrompido por este pensamento. Hoje, falarei do
sucateamento do serviço público pela apatia, conveniência e conivência do
funcionalismo.
Atrasos rotineiros, abuso de poder, sobrecarga
de trabalho, sobreposição de áreas de atuação, saídas constantes fora de hora,
comportamentos mais graves como: assédio moral e sexual, entre outros. Vale aquilo
que melhor me favorece. Sendo um problema novo gerado a cada dia devido tais
condutas. Muitas vezes os grupos diretivos abordam uma conversa totalmente
diplomática, mas que no fundo não tem qualquer intenção de resolver coisa
alguma e acabam vivendo de panos quentes
sobre situações que se arrastam por longos anos como um câncer maligno.
Fatos estes que sobrecarregam aqueles
que de fato trabalham corretamente sendo muitas vezes as diretrizes, o regimento
interno e direitos totalmente usurpados de quem realmente merece. Parece sempre
haver um favoritismo incômodo e estranhamente repetitivo para alguns. Ora, se
eu sou um líder, um presidente, um mestre, um médico, um político; devo pautar
minha conduta na seriedade e no respeito; e o exemplo deve partir de mim, afinal,
eu sou o espelho para muitos e mesmo o funcionário fora do eixo de gerência e
chefia deve por sua vez ter sua linearidade de posicionamento e conduta, pois a
honestidade independe da posição e cargo na empresa.
Todavia, creio eu, que este exercício de
maus atos se deve a máxima referida inicialmente, que muitos destes, já
desistiram de lutar contra a maré, contra os pequenos abusos do regime e do
sistema que deveria ser igualitário e funcional independente da linha
hierárquica de uma instituição pública. Além de existirem poucas medidas
efetivas de coibição, de combate e punição.
Quanto mais velho de casa o funcionalismo, mais cheios de manias, mais cheios
de falsos poderes conquistados, mais cheios de direitos ilusórios, mais
orgulhosos e arrogantes, e deixo claro: isso é desvio de conduta, pequenos atos
de mau-caratismo. Quando só quero me favorecer com benefícios tirados de outros
sem me importar com os danos e consequências sobre o alheio é chamado de:
CORRUPÇÃO.
Então, não adianta criticar o político
do seu país que trava todo o sistema organizacional de trabalho dos órgãos da
União, se você próprio não faz por onde e só quer o melhor para si, não há
muita diferença entre você e o político, pois estes desvios que comete é
desonestidade e está prejudicando alguém, sendo apenas a proporção de
prejudicados a separação entre você e o mau político. Se na Bíblia diz que para
Deus não há diferença entre pecados, portanto, pecado é pecado. Acredito que
corrupção é corrupção.
Posso ser um tanto utópico, até idiota,
mais ainda acredito que a melhor forma de pedir algo, de educar, de governar, e
de exigir padrões e mostrando o exemplo, numa conduta reta, eliminando estes
pequenos vícios que são gerados e que são reflexo da correnteza de descrença no
Estado e no seu funcionalismo de “primeiro eu, depois você.”
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