Sou
terra seca, rachada
Areia
estéril sem fixação.
Invejo
as flores de terras
Mais
férteis e belas.
Como
queria ter
Roseiras,
jacintos
Margaridas,
dálias
Tulipas,
hortênsias
E
outras tantas místicas
Entidades
coloridas.
Só
posso invejar aquilo
Que
não tenho e que
Jamais
terei. Faltam-me
Adubo,
bons sonhos
Compostagem,
bondade
Fertilidade,
um coração
Limpo,
um canteiro
Desinteressado
do alheio.
Sou
infloral, infrutífero
Sem
perspectiva de ter
As
cores e o perfume
Das
jovens flores.
Resta-me
somente
A
opacidade do nada.
A
fome insistente
De
um egoísta
Que
não gera frutos.
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