FOTO: Thiago Lucarini
Achei
uma maçã verde à beira de um lodaçal
Estava
parcialmente coberta de lama e um lodo negro
Lavei-a
na água pantanosa revelando-a maravilhosa
Dona
de um tom profundo e radioativo de verde.
Parecia
uma maçã de outro mundo, alienígena
Perigosa,
extremamente atraente e suculenta.
Engoli
uma enxurrada de saliva, estava tentado
Pela
maçã do pecado, absíntica, o sonho dos deuses.
Olhei
ao redor não havia nenhuma macieira próxima
De
onde veio? Quem a perdeu? Que segredos guarda?
Levei
o fruto hipnótico para casa e o coloquei sob redoma
Observando-a
e resistindo a sua tentação diariamente.
Os
anos se passaram misteriosamente a maçã nunca apodreceu
Continuou
bela, próspera convidando-me a ela, ao seu prazer
Inconfesso
guardado sob a redoma desta alma penitente.
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