segunda-feira, 9 de novembro de 2015

POESIA - A FUGA DE LIBERTATUM - THIAGO LUCARINI

FOTO: Thiago Lucarini

Corri desesperadamente
Deste lugar: Libertatum,
Mas quanto mais corri
Mais preso fiquei
Sou presa vulnerável na teia.
De tanto morar aqui
Ganhei usucapião autêntico
Um direito não desejado.
Fujo, fujo e fujo (ação falha)
Minha prisão me abraça
Carente, envolvente
Incapaz de me libertar
Dando-me posses, deveres, usufruto.
Corro, corro e corro (estático)
Imóvel, irreparável, cativo
Sem de fato jamais ter salvo-conduto
A fuga derradeira e definitiva

Deste maldito lugar, Libertatum.

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