Pegue
teu gozo de fiasco
Falsa
euforia dominical
E
enfie-o goela abaixo
Sem
remorso ou ponderação.
Ninguém
quer saber
Da
felicidade alheia
Quando
a desgraça e o choro
São
mais comoventes e atraentes
O
circo dos horrores é sincero
Não
vende a alma, mas os pedaços dela.
A
lágrima em detrimento do sorriso
Quanto
vale sua alegria, sua empatia?
Com
certeza menos que a tristeza.
A
insensibilidade e a frieza
São
cultivadas como praga
E
vamos nos perdendo
Em
meio a esta erva daninha.
Neste
mar de ferro, de impiedade
Que
não gera afogados
Tamanho
egoísmo ao alheio,
Afinal
o aço não chora
Só
derrete com ácido
E
somente é retorcido
Com
o peso de mil lágrimas.
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