quinta-feira, 12 de novembro de 2015

POESIA - REIS, NEGROS, SENHORES - THIAGO LUCARINI

Realeza africana
Ébano corrente
Valente
Pele de obsidiana
Soberana
Não carece retoques.
Negro vestido de noite
Olhos de ônix tão brilhantes
E doce beijo de jabuticaba.
Força humana, power.
Negro, nega, admirados
Distinta beleza
És a raiz humana
Sem contestação
Matriz de toda nação.
Por mais que tenhas recebido
Coroas de espinho e grilhões
Rebelou-se ao sistema injusto
De opressão e injúria
Curou boa parte de suas mazelas
Nas asas de Mandela.
E levantam-se a cada dia
Como reis e rainhas
Feito sol e lua, diamantes
Donos de si, indomáveis
Negro, veleiro da vida
Descanso da alma lutadora

Joia da humanidade. 

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