terça-feira, 17 de novembro de 2015

POESIA - FORNALHA DE LÁGRIMAS - THIAGO LUCARINI

Estas horas calmas
Feitas de areia congelada
Condensadas em vidro
Na fornalha de lágrimas
Ácidas e quentes
Dando o ponto de fusão.
Vejo o mundo espelhado
Nestas horas vítreas
Estagnadas, fechadas
Sem brilho verdadeiro.
Estas horas calmas
Estáticas e reflexivas
No piscar dos olhos
Quebram-se, viram cacos
O nobre incômodo

Da retina que vê a vida.

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