FOTO: Thiago Lucarini
Vi
tantas coisas
Nada
de fato vi.
Por
mais que eu veja
Cego
ainda estou.
Nesta
profusão
Mundana
e banal
De
cores, flores
Sabores,
amores
Dissabores,
odores
Rancores,
estupidez.
Vi
uma torrente
Vi
uma pequena parcela.
Vi
tudo
Não
vi nada.
Estes
olhos:
Uma
profusão deturpada
Nada
do que vi, vi de verdade.
Não
se trata de cegueira
São
apenas olhos de ilusão
Uma
profusão disfuncional e utópica
Deste
corpo humano e raso.
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