terça-feira, 10 de novembro de 2015

POESIA - PROFUSÃO - THIAGO LUCARINI

FOTO: Thiago Lucarini

Vi tantas coisas
Nada de fato vi.
Por mais que eu veja
Cego ainda estou.
Nesta profusão
Mundana e banal
De cores, flores
Sabores, amores
Dissabores, odores
Rancores, estupidez.
Vi uma torrente
Vi uma pequena parcela.
Vi tudo
Não vi nada.
Estes olhos:
Uma profusão deturpada
Nada do que vi, vi de verdade.
Não se trata de cegueira
São apenas olhos de ilusão
Uma profusão disfuncional e utópica

Deste corpo humano e raso.

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