terça-feira, 3 de novembro de 2015

POESIA - AO LÉU - THIAGO LUCARINI

FOTO: Thiago Lucarini

Carcaça jogada
Carapaça deixada
Embarcação naufragada
Razão abandonada
Corpo enterrado
Sentimento esquecido
Existência ao léu.
Sou o resto dos destroços
O entulho de uma vida
Que nunca me cheirou bem.
Estive sempre destinado
Ao canino fracasso que não me larga.
A morte me esguelha quieta,
Penso, que mesmo ela
Teme minha presença vaga.

Sou... Não, não... Não sou nada.

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