FOTO: Thiago Lucarini
Carcaça
jogada
Carapaça
deixada
Embarcação
naufragada
Razão
abandonada
Corpo
enterrado
Sentimento
esquecido
Existência
ao léu.
Sou
o resto dos destroços
O
entulho de uma vida
Que
nunca me cheirou bem.
Estive
sempre destinado
Ao
canino fracasso que não me larga.
A
morte me esguelha quieta,
Penso,
que mesmo ela
Teme
minha presença vaga.
Sou...
Não, não... Não sou nada.
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