Ela
andava com as costas curvadas
Não
era maldição ou espírito morto
Tratava-se
apenas do peso do tempo
Vergando,
arqueando sua espinha dorsal
E
que trazia em sua sábia gravidade
A
sabedoria, o discernimento e a paciência.
A
curvatura do tempo era diretamente
Proporcional
ao seu ganho de saber.
Havia
logicamente um desconforto
De
se andar com a cara quase no chão
Mas
as vantagens da curvatura
Superavam
tudo, e de certa forma
Aquilo
tinha sua beleza, só era
Preciso
ignorar a estética e a dor.
Saindo
totalmente da via de regra
Ela
forte preferiu carregar a gnose
Nos
ombros dobrados a somente
Sopesá-la
nas frágeis e delicadas mãos.
No
mundo não houve mulher mais sábia.
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