FOTO: Thiago Lucarini
Eu
escuto...
Este
som abafado
Como
unhas sendo arrastadas no chapisco
Feito
o estilhaçar de vidro sendo pisado...
Eu
escuto as ranhuras da alma
Crescendo,
subindo pelas paredes do ser
Uma
tatuagem maligna impregnada
Um
estigma letal na pele do âmago sepulcral.
Eu
escuto...
Os
pedaços caindo e se desfazendo no abismo,
As
ranhuras tornam-se maiores
Viram
fendas, colossos do fim comprometendo
Toda
a estrutura e não há cola para remendo.
Eu
escuto...
Este
som...
O
som da minha alma se quebrando...
Fundação
rasa...
Pilares
ruindo...
Sob
o beijo da devastação...
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