A
coruja cometeu um crime.
Na
noite escura e quente de verão
Ela
viu um vaga-lume ascender ao céu
Iluminado,
um pequeno anjo-inseto
Para
ela, pela beleza, poderia tanto ser
Um
mirrado sol ou uma alma em apoteose.
O
fato é que a coruja numa fome vampírica
Deu
seu voo rasante e comeu o vaga-lume
Apagando-o
da noite e da vida.
A
coruja não ficou mais iluminada com isso
Apenas
sentiu breve remorso por roubar
Uma
tímida luz da densa noite de verão.
Hoje,
a coruja busca um álibi
Que
a salve da condenação da lua
Pela
morte do brilhante vaga-lume
Que
enfim, subiu verdadeiramente ao Alto.
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