Tenho
um emaranhado dentro de mim
Crescendo,
expandindo, envolvendo-me.
Encaro
estes fios que se desenrolam
Como
as víboras da cabeça da Górgona
E
que se configuram num monstro
Expressivo,
dominador, opressor
Uma
criatura sobrenatural composta
Por
aberrações e perfume mitológico
Que
me transforma em pedra vulgar.
Meus
demônios são grandiosos
Vezes
maiores do que o singelo humano
Chamado:
Eu. Por vezes, acredito que eles
Sejam
intransponíveis, pois se agarram a beira
Da
minha alma suja de lama, fortes e altos
Fazem
sombra no meu sol interno
Viro
estátua coberta de musgo e pesares.
Na
maior parte do tempo parece tudo perdido
Mas
então, me livro do pensamento rebanho
Imposto
por eles, e oro em busca de salvação
Quebro
a crisálida pétrea e sufocadora.
Neste
instante, desce fogo do céu vindo da espada
De
São Miguel Arcanjo. Fogo este que corta
Queima
e derruba todos os meus opressores.
Somente
a fé é maior que qualquer monstro.
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