terça-feira, 3 de novembro de 2015

POESIA - BALDER E O VISGO - THIAGO LUCARINI

FOTO: Thiago Lucarini

Bom deus invejado por Loki
Por ser amado e honrado.
Chegam pesadelos de sua morte
A Balder, o que causa perturbação
A todos os deuses, ninguém queria
Perder o amável e sábio deus.
Odin preocupado começa a investigar.
As Völva revelam o trágico destino de Balder.
Odin então manda Frigga, sua esposa, em missão:
Obter de todas as coisas vivas e não-vivas
O juramento sagrado de que nunca
Feririam de morte o belo Balder. 
Frigga andou incansavelmente
Pelos nove mundos sustentados pela Yggdrasil
Obtendo a promessa de tudo e todos.
Contentes os deuses fizeram uma festa
Onde atiravam coisas aleatórias em Balder,
Tais coisas e elementos simplesmente não o tocavam.
Porém, a felicidade durou pouco
Previamente, Loki em suas trapaças descobriu
Que Frigga esqueceu-se de tomar
O juramento do inerme visgo,
Planta inofensiva, maldade iminente.
Loki confeccionou um dardo com o visgo
E durante a festa deu a arma letal a Hodr,
Irmão cego de Balder, que atirou o projétil
Contra o, até então, invulnerável irmão
Acertando seu coração e matando-o na hora.
Num acordo firmado entre os deuses
Para trazer Balder de volta era necessário
Que todos os seres por ele derramassem
Uma lágrima bendita, porém Loki, o invejoso
Jamais chorou e Balder a Asgard nunca voltou
Sendo seu regresso um sonho de Ragnarök.


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