sexta-feira, 2 de setembro de 2016

POESIA - SUSSURROS DA LUA - THIAGO LUCARINI

Nublou-se a verdade dos meus atos
Pela mentira que plantei no teu coração.

Correntes de chumbo me atam a grilhões
Do invólucro das tuas incertezas justificadas

Saíste da minha perniciosa órbita de elipse,
De planeta virei um pedaço qualquer de rocha.

Freme a flor encrespada no alto da montanha
Querendo atirar-se ao salgado mar virginal.

Estúpido rompi o hímen da segura confiança.
Não há sussurro que a lua possa soprar lá das estrelas

Que vá consertar aquilo que eu quebrei em nós.
Rastejo pela minha imoralidade, perdão amor, perdão.

O rio que flui de mim não conteve sua vazão de loucura
E na minha desenfreada enchente afoguei nossa relação.

No canto escuro do quarto chora a poesia,
A perdida poesia deste desfecho de pontas desfeitas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário