sexta-feira, 16 de setembro de 2016

POESIA - A DOMINGOS MONTAGNER - THIAGO LUCARINI

Pobres galhos frágeis
Da pitangueira que não o alcançou.

Veste tua mortalha líquida,
Teu palco final de pedras submersas

E dorme, dorme em silêncio
No leito branco do mistério

E faz tua perfeita encenação
De morte dolorida e derradeira.

Lágrimas enchem o rio seco de tristeza
Choram os peixes, choram os peixes.

Não chores pelos peixes que ficam
Ruma-te ao eterno palco de estrelas,

Pois, que palhaçada ridícula lhe foi a vida
Sem originalidade copiou pessimamente a arte.

2 comentários:

  1. Parabéns pela poesia, ele foi um ator maravilhoso. Que esteja encenando risos e contemplando sonhos no seu leito eterno.
    Meu blog pra você conhecer, também escrevo...
    https://bonekinha-loira.blogspot.com.br/search/label/poema

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