O poeta tenta dar profundidade
À rasura dos olhos alheios.
Faz do grão de poeira, montanha ou estrela,
Do orvalho fresco, oceano ou poço fundo,
Das lágrimas, chuva de alegria ou redenção,
Da morte, esperança de Paraíso manso ou nada.
O poeta e suas traduções da vida
Faz do ordinário algo magnífico
Trança sobre a realidade espalhafatosa casca
Àquilo que passa por todos despercebido.
Dissemina o pólen de suas palavras douradas
A fecundidade para desabrochar novos olhares.
O poeta recompõe com delicadeza e brilho
A decomposição estética das almas apressadas.
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