sexta-feira, 2 de setembro de 2016

POESIA - COLEÇÃO DE INSETOS - THIAGO LUCARINI

O frágil inseto
Preso pelo duro alfinete
Lamenta a estagnação lhe imposta.

Antes ele podia voar,
Rastejar, ir atrás da vida
Que tão bem lhe cabia.

Pregado à almofada
É um fantasma vivo,
De máscara e carapaça.

É um morto sem sepultura, de enfeite.
O alfinete furou suas asas e coração,
Mas, tragicamente, a vaidade não o matou.

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