Fala baixinho.
Pra que tanto grito?
Meus ouvidos sangram
Minha alma estilhaçada.
Deixe brotar o silêncio
Entre nós, para quem sabe,
Assim ter espaço para nascer
Outro algo além do estardalhaço
Destes berros. Tua boca estéril
É vidro, é pedra, é a faca que me cerra.
Silêncio, por favor, preciso reconhecer
O som do meu coração e diagnosticar
Nestes meus batimentos surdos se ainda
Há algo que teus gritos não mataram.
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