Muitas vezes me pergunto
Se eu tenho a mesma composição
De todos os outros homens vivos.
Sinto-me quebrado, faltando primavera.
Pergunto-me se temos as mesmas lágrimas,
As mesmas dúvidas, as mesmas alegrias.
Quantos eus cabem em mim e quantos eus
Cabem neles? Padeço nesta ideologia
Inutilizada de poeta ao tentar rabiscar
Na legítima brancura do papel marginal
Uma autópsia da minha fórmula essencial.
Sou mais do
mesmo entre todos os homens?
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