Pouso
minha alma, neste vale
Lápide,
brumas do fim da noite
O
dia chega cinzento, moroso e frio.
Meus
olhos são daltônicos para a felicidade
Suas
cores me são invisíveis; nada possui sentido.
Nenhuma
epifania divina, somente epitáfios
Desistir
sempre pareceu ser tão fácil
Enfim,
talvez, na morte ache meu réquiem
Um
descanso nas pálidas nuvens do céu
E
se eu encontrar morada nas tristes nuvens:
Desejo
que meu corpo (alma) se desfaça
A
cada toque dos pingos de chuva (interna)
Assim,
eu me tornaria água
Seria
rio, seria mar, seria um infinito oceano
Diferentemente
do nada aonde me encontro.
*
Poesia baseada no meu livro Réquiem lançado pela Editora Multifoco em 2012.
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