terça-feira, 26 de maio de 2015

POESIA - AS ROSAS DE SALEM - THIAGO LUCARINI


Salem, ó pobre Salem, livra-te do flagelo das rosas!

As rosas de Salem têm espinhos longos
Pétalas ásperas e sonhos frios.
Sangram magia vermelha
Em luas cheias num solo vago.
                               
Salem, ó pobre Salem, livra-te do flagelo das rosas!

As rosas de Salem não têm perfume
Pois trazem em suas corolas feitiçaria,
Bruxaria antiga, que as livram impolutas
Do inverno sepulcral, rosas carnívoras.

Salem, ó pobre Salem, livra-te do flagelo das rosas!

Todavia, as rosas negras de Salem não foram tão espertas
Chegou a Cólera Divina na Terra do Nunca Maldita.
Fogueira da inquisição desfolhou as rosas espinhentas,
Nuas foram atiradas ao fogo da condenação.


Salem, ó pobre Salem, livra-te do flagelo das rosas!

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