quinta-feira, 28 de maio de 2015

POESIA - ONDE A MORTE PISOU - THIAGO LUCARINI


Verdades despovoadas
Inabitáveis sonhos verdes
Azedos e sem sumo.
Vermes brotam da terra
Onde a morte pisou.
As flores abortam o fruto
Pecaminoso que não mata a fome
Mas que acaba com a alma do homem
Longínquo dos passos de Santidade.
Caem auréolas, verdades, flores e homens
Palavra Sagrada ouro refém do enferrujamento.
Os sonhos só amadurecem
Na noite mais escura, sem asas

Na árvore de cada ser pensante.

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