Não
dê nada aos mortos vagabundos!
Os
corpos rapidamente esfriam
Antes
mesmo de descerem a cova
E
os mortos pedem:
—
Queremos vida
—
Queremos cor
—
Queremos ida
—
Queremos flor
—
Sem lágrimas
—
Sem dor.
Não
dê nada aos mortos vagabundos!
Aos
mortos pouco é necessário
Precisam
apenas:
De
uma elegante vestimenta
Paciência
Um
escudo contra o tédio
Terra
e
Uma
rosa.
Não
dê nada aos mortos vagabundos!
Aos
mortos é dada a liberdade
Não
precisam fingir vida e alegria
Pois,
têm a sobriedade fria da morte
Que
nada lhes dá, mas nada lhes pede.
Deixando-os
ser livremente mendicantes
Repetindo
o coro em bocas mudas profusas:
—
Queremos vida
—
Queremos cor
—
Queremos ida
—
Queremos flor
—
Sem lágrimas
—
Sem dor.
Não
dê nada aos mortos vagabundos!
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