Véu
que cobre o rosto enlutado
Desvelo
a face flagelada por lágrimas
Consolo
aos olhos que tão tristes choram,
Pelo
vivo levado no coche de morte.
Véu,
velas, mortalha, odor de defunto
Não
tenha dúvida: à morte vem
E
nenhum véu pode nos esconder
Nem
mesmo o da noite tão traiçoeira
Nascida
do abismo, seu manto, véu
Enrola-se
junto ao da morte, juntas
Confeccionam
estrelas pálidas.
Pobre
dos vivos, não há véu que os salve.
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