Gondoleiro
maestro que vagueia por Veneza
Guiando
sua gôndola em mansos remos.
Gondoleiro
serão essas verdes águas rasas
Tudo
lágrimas suas, alheias ou dos amantes
Que
carregaste sobre essas ruas fluidas e inconsistentes?
Navegas
somente com a barca do século,
Ou
também com o coração do momento?
Gondoleiro
chega rápido o pôr do sol
Tingindo
as águas de Veneza de vermelho,
Irrefutável
segundo coração da Cidade
Que
bate, pulsa num suspiro de gotas esquecidas.
Vai-te
embora gondoleiro paciente,
Antes
que vire musgo nas pontes
Da equórea venerada ou apenas outro corpo
No
fundo da viela.
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