terça-feira, 26 de maio de 2015

POESIA - GONDOLEIRO - THIAGO LUCARINI

Gondoleiro maestro que vagueia por Veneza
Guiando sua gôndola em mansos remos.
Gondoleiro serão essas verdes águas rasas
Tudo lágrimas suas, alheias ou dos amantes
Que carregaste sobre essas ruas fluidas e inconsistentes?
Navegas somente com a barca do século,
Ou também com o coração do momento?
Gondoleiro chega rápido o pôr do sol
Tingindo as águas de Veneza de vermelho,
Irrefutável segundo coração da Cidade
Que bate, pulsa num suspiro de gotas esquecidas.
Vai-te embora gondoleiro paciente,
Antes que vire musgo nas pontes
Da equórea venerada ou apenas outro corpo
No fundo da viela.

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